quarta-feira, 20 de outubro de 2010

O PRISMA DAS MUITAS CORES - ANTOLOGIA DE POESIA LUSO-BRASILEIRA EDITADA EM FAFE


A mais recente obra com a chancela da editora fafense Labirinto tem o título O prisma das muitas cores, é uma antologia de poesia de amor portuguesa e brasileira e a edição tem o apoio da Câmara Municipal de Fafe e do Museu das Migrações e das Comunidades Portuguesas.
A apresentação foi feita por estes dias na Livraria Bulhosa, de Entrecampos, em Lisboa e oportunamente será efeita em Fafe e em outras localidades portuguesas.
A edição, com mais de duzentas páginas, organizada pelo poeta Victor Oliveira Mateus, compila 135 poetas contemporâneos, oriundos de Portugal e do Brasil, num tributo à língua portuguesa e ao amor. A obra conta ainda com um prefácio de António Carlos Cortez, onde se pode ler que se a generalidade dos leitores não vai até à poesia, compete à poesia ir ter com os leitores, sem que isso signifique empobrecimento da própria linguagem poética.
Como foi sublinhado em Lisboa, e nós partilhamos, a nossa editora Labirinto continua, gloriosamente, a afirmar-se como uma editora com caminho feito na área da poesia, constituindo uma referência no plano editorial nacional neste género literário.

Dos 135 poetas antologiados, cinco são de Fafe: António de Almeida Mattos, Artur Ferreira Coimbra, Carlos Ferreira Afonso, João Ricardo Lopes e Pompeu Miguel Martins.
Aqui fica a extensa relação dos restantes, grande parte deles "monstros sagrados" da poesia de expressão portuguesa:
Adalberto Alves, Agripina Costa Marques, Albano Martins, Alberto da Costa e Silva, Alberto Soares, Alexandre Bonafim, Alexei Bueno, Alice Fergo, Alice Vieira, Álvaro Cardoso Gomes, Amélia Vieira, Ana Hatherly, Ana Luísa Amaral, Ana Miranda, António Brasileiro, António Cardoso Pinto, António Carlos Cortez, Antonio Carlos Secchin, António Cícero, António José Queiroz, António Manuel Couto Viana, António Miranda, António Ramos Rosa, António Salvado, Carlos Nejar, Carlos Vaz, Casimiro de Brito, Cláudio Lima, Cláudio Neves, Cleri Aparecida Biotto Bucciolli, daniel gonçalves, Direceu Villa, Donizete Galvão, E. M. de Melo e Castro, Ernesto Rodrigues, Eunice Arruda, Fernando Esteves Pinto, Flávio Moreira da Costa, Floriano Martins, Florisvaldo Mattos, Gilberto Mendonça Teles, Gisela Ramos Rosa, Glória de Santa’anna, Gonçalo Salvado, Graça Pires, Hélia Correia, Henrique Levy, Henrique Manuel Bento Fialho, Hugo Milhanas Machado, Iacyr Anderson de Freitas, Ildásio Tavares, Inês Lourenço, Isabel Wolmar, Ivan Junqueira, Jaime Rocha, João de Mancelos, João Negreiros, João Rui de Sousa, Joaquim Cardoso Dias, Joel Henriques, Jorge Reis-Sá, José Agostinho Baptista, José do Carmo Francisco, José Emílio-Nelson, José Félix Duque, José Jorge Letria, José Manuel Capêlo, José Manuel Mendes, Juliana Miranda, Lara de Lemos, Lêdo Ivo, Luís Adriano Carlos, Luís Filipe Cristóvão, Maiara Gouveia, manuel a. domingos, Manuel Madeira, Manuel Neto dos Santos, Marco Lucchesi, Margarida Vale de Gato, Maria Alberta Menéres, Maria Andresen, Maria Augusta Silva, Maria Azenha, Maria do Carmo Campos, Maria Carpi, Maria Estela Guedes, Maria João Fernandes, Maria Lucília Meleiro, Maria Quitans, Maria do Rosário Pedreira, Maria do Sameiro Barroso, Maria Teresa Dias Furtado, Maria Teresa Horta, Maria Toscano, Mariana Ianelli, Mário Cláudio, Matilde Rosa Araújo, Miguel-Manso, Milton Torres, Myriam Fraga, Neide Archanjo, Nuno Dempster, Nuno Júdice, Olga Savary, Paulo Franchetti, Paulo Moreiras, Paulo Tavares, Pedro Lyra, Pedro Sena-Lino, Renata Pallottini, Ricardo Domeneck, Rodrigo Petronio, Rosa Alice Branco, Rui Almeida, Rui Coias, Rui Costa, Rui Lage, Ruy Espinheira Filho, Ruy Ventura, Seomara da Veiga Ferreira, Ségio Nazar, Teresa Rita Lopes, Teresa Vieira, Tiago Nené, Urbano Tavares Rodrigues, valter hugo mãe, Vera Lúcia de Oliveira, Vergílio Alberto Vieira, Victor Oliveira Mateus e Vítor Oliveira Jorge.

O poema de minha autoria inserto na colectânea dedica toda a minha paixão pela deusa, mulher, amante, mãe, companheira de todos os momentos que me apoia desde há três décadas, sem desfalecimentos e para quem vai todo o meu amor, nos termos que se seguem:

É ASSIM QUE TE AMO

É assim que te amo.
Como os pinheiros a resina
segregam, desenredando-se da Primavera.
Como o sol se eleva por sobre as colinas
dos dias que a luz sobressalta, em rapidez de cal.

Amo-te pelos dias que me sonham,
em Maio ou em Setembro,
no calor das papoilas à procura do carmim.

Às vezes, anoiteço, a alma seca,
sepulcral de te esperar.
É um cais. Um olhar. Um mundo
inteiro, à procura da tua voz,
do veludo do teu sorriso
desabrochando nas ondas
deste querer-te infindo

É assim que te amo.
Como as palavras me viajam, silenciosas
querendo grafar teu nome
com o fogo de oiro das estrelas
que desenham o meu céu.

3 comentários:

Luísa disse...

Parabéns aos poetas fafenses!
Mais não digo, pois a doçura destas palavras de amor, silenciaram-me a escrita!Que maravilhe é termos exemplos como o vosso! Belíssimo!
Beijinho terno

ARTUR COIMBRA disse...

Para a excelsa poetisa que não se quer assumir, por demasiado pudor, e que tece nas pequenas coisas o fulgor cristalino das papoilas, vai um beijo afectuoso deste seu admirador.
Um beijo também da minha mulher e sua absoluta amiga.

Luísa disse...

Adoro gente de bem!
E estes elogios que me oferecem, são mimos de amigos que o coração me aquecem!
Beijinh terno aos dois...