quarta-feira, 30 de março de 2011

As águas e as rosas


recoberto de espaço e de rigor
penetro as águas, os rios, os mitos

a noite interpela de chuva
os vidros e os telhados

ternos, os muros choram
lá foram por dentro de mim

as lágrimas de espuma
rumorosas
o vento inclina

nu interior
apaixonadamente me dispo
das águas e das rosas 

2 comentários:

Luísa disse...

Hoje quebro o silêncio, na delicadeza de poesia que paira na rosa!
São cálidas as águas que correm...límpidas e de agradável banho de sabedoria!
Mas, no tempo que corre e não pára, dei-me alienada do tempo que corre por mim.
Que os muros sequem e jamais chorem, pois este é o caminho bem traçado rumo à informação séria e sábia!
Posso não estar cá, mas pode ter a certeza que cá vim, venho, virei...
Beijinho terno, com elevada estima e votos que "as águas e a rosas" flutuem sempre na ponta da pena e deixem o seu aroma no papiro!

ARTUR COIMBRA disse...

É um prazer, sempre renovado e redobrado, ler as palavras ternas e amigas de uma verdadeira poetisa, no que diz, na forma como o diz, no afecto, na música das sílabas, no cintilar da amizade.
Muito grato por cá continuar a vir. Será sempre bem vinda!
Beijos para si e muitos cumprimentos para os seus.

Sempre a considerá-la,
Artur Coimbra