sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

3 ACTORES À PROCURA DE UM PAPEL; UM TEATRO À PROCURA DE MAIS PÚBLICO

3 actores à procura de um papel” é o título de uma peça de teatro de Joaquim Paulo Nogueira que este sábado à noite sobe ao palco do Teatro-Cinema de Fafe e que é interpretada por actores conhecidos do teatro, do cinema e da televisão em Portugal.
São os casos de Oceana Basílio, João Cabral e Ângelo Torres.
Até esta sexta-feira, a procura de bilhetes deixa muito a desejar, dada a qualidade do espectáculo e a “fama” dos actores.
Afinal, aqueles anónimos “sempre os mesmos”, que açambarcam os bilhetes dos bons espectáculos, devem estar de férias ou a gozar o Carnaval no Brasil. Ninguém os vê, a não ser nos concertos do Tim, ou da Áurea, que padecem daquela equação muito simples e irresolúvel, que se resume a haver um espaço muito pequeno (303 lugares) para a imensidão das solicitações. Face a essa realidade, todas as críticas, embora legítimas, esbarram na parede. Quem consegue bilhete, fica feliz; quem não consegue, protesta no facebook, contra os “privilegiados”, e essas coisas, a maioria sem qualquer pertinência…

Para quem estiver interessado, aqui ficam alguns dados sobre os três actores que procuram um papel:

Oceana Basílio nasceu a 19 de Janeiro de 1979 em Faro.
Ingressou na escola Profissional de Teatro de Cascais em 1999, frequentou depois a Academia Contemporânea do Espéctaculo – ACE. Trabalhou na sua formação com Reynaldo Montero, Rui Madeira, Dinis Bernard, Jean Pierre Sarrazac, Bruno Schiappa, Joana Craveiro, Tânia Guerreiro, Gonçalo Alegria e John Frey. Começou a fazer teatro profissional em Braga em 2003.
Estreou-se em Televisão com “Morangos com Açúcar”, tendo depois integrado o elenco de produções como “Doce Fugitiva”, “Olhos nos Olhos”, “Flôr do Mar” e na série “Casos da Vida”. Protagonizou o episódio “Crime e Botox” para a TVI.
 Na RTP participou em “Liberdade 21”, e mais recentemente em “Cidade Despida”; para a SIC integrou o elenco de “Perfeito Coração”.
Em teatro foi encenada em vários espectáculos por: Pedro Marques, José Boavida, Philippe Leroux, José Miguel Braga e Camilo Silva. Tem desenvolvido uma carreira constante em teatro onde se incluem algumas encenações suas. Faz parte da direcção da Sociedade de Instrução Guilherme Cossoul.

João Cabral nasceu em 1961 em S. Miguel.
Tem a licenciatura em teatro do Conservatório Nacional de Lisboa (1980-85).
Em 1982 começou a sua actividade como actor. Em televisão salienta o seu trabalho nas produções “Mau Tempo no Canal”, “A Banqueira do Povo”, “Jornalistas”, “A Mulher do Ministro” e “Jura”.
No cinema participou em filmes de João Canijo, Rosa Coutinho Cabral, Fernando Lopes, Jorge António, Fernando Matos Silva, Francisco Manso. No teatro participou em peças encenadas por Mário Feliciano, Rosa Coutinho Cabral, Carlos Avilez, Diogo Dória e José António Pires, entre outros.
Dirigiu e encenou o Grupo de Teatro do ISCSP. Foi professor de Expressão Dramática na Escola Secundária Passos Manuel. Fez parte das equipas de dobragens de Teresa Madruga e de Teresa Sobral. Dirige o grupo Ultimato de teatro universitário da FPCEUL.

Ângelo Torres nasceu em 1966.
Actor por acaso, Ângelo Torres, resolveu estudar representação e entrou na escola de Teatro do Chapitô em Lisboa. A partir daí começou a trabalhar no palco com os melhores grupos. Da Cornucópia ao Teatro da Garagem.
Voltou à televisão numa famosa série para a SIC, Pensão Estrela e logo a seguir conseguiu o seu primeiro papel num filme, A Tempestade da Terra, em 1996, rodado em Moçambique, ao lado de Maria de Medeiros. O seu trabalho árduo e de grande versatilidade e qualidade levou-o a ser distinguido em 2004 no Festival Internacional de Cinema de Berlim com o Shooting Stars Award, da European Film Promotion, o que acaba por ser um feito enorme para um actor negro proveniente de um pequeno país lusófono.
Ângelo Torres é hoje um dos mais conhecidos artistas do universo da lusofonia e tem vindo progressivamente a construir uma carreira de grande qualidade quer no teatro quer no cinema, levando-o até à sua estreia, como realizador, em 2007, com a premiada curta metragem Kunta.

Sinopse:

Três atores que não se conhecem entram para uma sala para realizarem um casting público. Num primeiro momento medem-se e estão receosos. Uma voz off explica o jogo e as regras: os atores terão de entrar em cinco cenas, onde representam personagens diferentes que lhes são atribuídas em segredo. Ao longo do tempo em que estão juntos vão começar a cruzar as suas histórias de vida e a sofrerem influência dos personagens que representam. Surgem vários tipos, entre os quais um corretor da bolsa, um desempregado, uma doente de cancro em estado terminal, um professor que é despedido porque inicia um processo de mudança de identidade sexual, um jovem que vai estudar para Teerão e que supostamente irá infiltrar-se numa rede terrorista. Por outro lado eles, como atores, também têm diferentes maneiras de viver a precariedade da sua profissão e isso reflete-se nas suas atitudes durante o casting.

Os bilhetes custam apenas 5€.

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