domingo, 26 de fevereiro de 2012

Áurea: estupendo concerto e interessante conversa

Áurea, 24 anos, encantou o Teatro-Cinema de Fafe este sábado à noite, num brilhante concerto, em que debitou toda a sua virtuosidade vocal e fez gala da sua graciosidade corporal, como veremos em outro post.
Na tarde de sexta-feira, Áurea conversou com mais de meia centena de jovens (e menos jovens), no Salão Nobre do Teatro-Cinema e passou em revista alguns aspectos da sua vida e da sua carreira.
O nome Áurea é mesmo o seu nome de baptismo, do qual não gostava na infância, tendo pedido aos pais para lho mudar no registo. Depois, foi-se habituando e hoje é o seu “nome de guerra”.
Na infância, ouviu muito fado, de que gosta muito e que canta em reuniões familiares e na roda de amigos. É fã de Mariza, Ana Moura, Amália e tantos outros nomes sonantes do fado, que não é apenas o “choradinho nacional” mas integra outros temas. Disse aos mais jovens que deveriam assistir a espectáculos de fado, porque haveriam de gostar.


Em criança (nasceu em Santiago do Cacém, em 7 de Setembro de 1987 e viveu durante anos em Silves, no Algarve, onde frequentou a escola e ia à praia no Verão em Armação de Pêra), “queria fazer nascer bebés” mas enveredaria pelos estudos teatrais, na Universidade de Évora, que não concluiria, para ser actriz.
O colega Rui Ribeiro ficou encantado com a sua voz e incentivou-a a ir em frente. A enveredar pela música. E antes de chegar ao soul, que a caracteriza, tentou outros géneros musicais, do fado ao reggae.
Fixou-se na soul music e arrancou para a fama com o single Busy (for me), do seu álbum de estreia, Áurea, em Setembro de 2010, que atingiu o primeiro lugar da tabela de vendas em Portugal, pelo qual recebeu o Globo de Ouro de "Melhor Intérprete Individual”, tendo igualmente ganho o prémio MTV Europe Music Awards, na categoria "Best Portuguese Act", em Outubro passado.
Uma rápida ascensão, mas que resulta de muito trabalho a gravar maquetas e a escolher o estilo musical que melhor se coaduna com a sua voz!




Áurea confessou que fica nervosa antes de entrar em palco, como se fora sempre a primeira vez. Quando começa a cantar, o nervoso esvai-se.
Aos jovens deixou alguns conselhos. Um deles tem a ver com o consumo de drogas ou de álcool (a propósito das mortes de Amy Winehouse e de Witney Houston): não experimentem, porque não vale a pena!
Depois, falou das tatuagens e dos piercings.
É público que a cantora tem três tatuagens, uma na perna, uma no pescoço e sete estrelas na mão porque sempre teve uma ligação especial com número sete, e dois piercings, um no nariz e outro no umbigo.
Aos jovens deixou o parecer: façam uma tatuagem se fizer sentido, não porque seja moda ou os amigos já tenham.
Áurea gostaria de fazer um dueto (impossível) com James Brown e de vir a compor as suas canções, o que actualmente não acontece, mas poderá vir a suceder um dia.
Não sabe tocar nenhum instrumento musical, mas gostaria de aprender piano ou guitarra.
O seu trabalho está a internacionalizar-se, o que a deixa muito satisfeita.
Ao longo de mais de uma hora, Áurea espalhou simpatia, convicções, conselhos e um grande à vontade, ela que se considera tímida. Não parece. Não é, de certeza, como se viu no espectáculo de sábado!
Fotos de Manuel Meira Correia. Como sempre!


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