domingo, 4 de março de 2012

III Jornadas Literárias de Fafe prosseguiram este fim de semana em diversas freguesias


Enquanto não arrancam oficialmente as III Jornadas Literárias de Fafe (09-24 de Março), o que acontecerá esta sexta-feira à noite, com um grandioso espectáculo da dança, música e cor, no Pavilhão Multiusos, vão-se multiplicando pelas freguesias iniciativas que demonstram a paixão com que as populações, as juntas e associações locais vivem e recriam os seus personagens e acontecimentos históricos mais relevantes, no quadro do grande lema “Fafe dos Brasileiros”. O qual assume o objectivo de semear na realidade fafense as sementes e as memórias da alma de um povo.
Há uma semana atrás, os eventos tiveram o seu início em Aboim (em torno de Daniel Pereira Gonçalves) e em Estorãos (Dr. Neca das Leis).
Este fim de semana, os acontecimentos espalharam o seu perfume por quatro palcos do concelho.
Na tarde de sábado, no Centro Educativo de Regadas, foi evocado o Dr. Manuel Monterroso, médico e caricaturista, com uma exposição e momentos de cultura popular. A população acorreu em grande número, para uma manifestação de cultura genuína que durou mais de três horas...
Ainda na tarde de sábado, o Grupo Desportivo e Cultural Leões do Ferro, na cidade, debaixo de arreliadora chuva, fez a recriação da vida no Bairro da Fábrica do Ferro. A vida dos operários que se dirigiam ou saíam da Fábrica do Ferro, as peixeiras, as padeiras, os pregões que entoavam a rua, as crianças que brincavam na calçada e outras memórias dos tempos idos, promovidas por uma das associações mais bairristas e talentosas da cidade.
Aqui ficam algumas imagens das recriações da tarde no mítico Bairro da Fábrica do Ferro, pela máquina fabulosa de Manuel Meira Correia (ele próprio nado e criado na mesma zona).









À noite, na sede dos Leões do Ferro, surgiu a figura histórica do industrial José Ribeiro Vieira de Castro, nascido em 1843 e que em 1886 transformou a velha indústria moageira na moderna Fábrica de Fiação e Tecidos de Fafe, dedicada ao têxtil, que haveria de atingir dois mil operários no seu apogeu, no século XX.
Personificado pelo prof. Azevedo, morador no bairro, José Ribeiro Vieira de Castro falou de si, da sua obra industrial e social e do seu benemérito continuador, Manuel Cardoso Martins.
Um momento excelente, que superou as melhores expectativas e a que tive a honra de estar ligado, como “entrevistador”.



Já no domingo à tarde, a Junta de Monte foi palco da evocação de um grande poeta da freguesia, Joaquim Vaz Monteiro, autor da obra O Solteirão de Fafe, de quem haveremos de falar.
Seguiu-se, na Casa do Povo de Travassós, a evocação do benemérito António Joaquim Vieira Montenegro, com a recriação de tradições e costumes, sobretudo artesanato, palha e agricultura.
Voltaremos ao assunto, com a respectiva reportagem fotográfica.


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