sábado, 14 de abril de 2012

Povo de Fafe festejou 72º aniversário com gala de amizade, companheirismo e cultura!

A "família" dos redactores, colaboradores, correspondentes e premiados do Povo de Fafe
O semanário Povo de Fafe, vindo à luz inicial em Março de 1940, festejou esta sexta-feira à noite, 13 de Abril, no Teatro-Cinema de Fafe, o 72º aniversário da sua fundação.
A gala foi bonita de se ver. Desde logo, pelas mais de duas centenas de amigos, colaboradores, correspondentes, leitores que marcaram presença, num exercício de amizade e sentido de pertença a uma “família” que deve ser valorizado, para além de diferenças ideológicas, políticas ou religiosas.
Depois, pelo vasto e rico programa que se desenvolveu ao longo de mais de duas horas e que começou com três excelentes interpretações musicais da artista Celina Tavares.

Excelente intervenção da cantora fafense Celina Tavares
Seguiu-se a entrega dos Prémios “Os Mais” – Personalidades à reputada pintora Fernanda Aguiar, ao historiador Daniel Bastos, à apresentadora Marta Leite Castro e ao decano dos jornalistas fafenses (e, quem sabe?, nacional ou até mundial), Silvino Moreira, sempre fresco no alto dos seus 96 anos.

A artista plástica Fernanda Aguiar recebe o Prémio "Os Mais" das Artes das mãos de Carlos Afonso
Assistiu-se ainda a uma excelente actuação da Orquestra Juvenil da Banda de Golães, que transformou brilhantemente fados em música filarmónica; à recriação da fundação do jornal, por alunas da Escola Secundária e a uma palestra de Carlos Afonso, luminosa, como sempre, sobre o tema “A Escola e a Comunicação”, em que falou da sua experiência na direcção da revista ConVida e da sua coordenação das jovens “Vozes da Secundária” no suplemento cultural do Povo de Fafe.
Grande actuação da Orquestra Juvenil de Golães
Os Prémios “Os Mais” – Instituições galardoou justamente a União Columbófila Fafense, o Núcleo de Árbitros de Futebol de Fafe, a Escola Profissional de Fafe e a Doçaria de Fornelos.
Finalmente, houve espaço para a entrega de certificados de reconhecimento a todos os colaboradores e correspondentes do “nosso” Povo de Fafe, em mais um momento auspicioso da sua história!
Parabéns ao conceituado órgão de imprensa local e ao seu esforçado e ilustre director, Dr. Ribeiro Cardoso!

O Director do jornal, Dr. Ribeiro Cardoso, encerrou a festa, fazendo as saudações e os agradecimentos da "praxe"

Aproveito para (re)publicar aqui o texto que fiz para a edição de aniversário do jornal, há poucas semanas, com o título:

A coragem do jornalismo

Manter ou criar um jornal, nos dias que correm, mais que uma estratégia de cariz empreendedor, releva de um sentido de risco e de aventura só ao alcance dos mais audazes.
É o que acontece com o vetusto Povo de Fafe, o mais antigo jornal em publicação no município de Fafe, após o desaparecimento do centenário O Desforço, há mais de uma década.
Fundado em 1940, numa conjuntura político-social muito peculiar, no auge do ideário nacionalista e da praxis do Estado Novo, foi vencendo marés e tempestades, organizacionais e financeiras.
Com a Revolução de 25 de Abril e pela mão segura do filho do anterior director, na qual ainda ser mantém, o jornal rumou ideologicamente a águas mais consentâneas com os novos “sinais dos tempos”, como se impunha.
Curiosamente, o Dr. José Manuel Ribeiro Cardoso assume a direcção do semanário há cerca de 38 anos, o que significa que arrostou até agora com mais de metade do percurso vital do Povo de Fafe, que inscreve 72 risonhas primaveras.
Um jornal com mais de sete décadas de existência, premiado justamente pelo Poder Local Democrático e distinguido em permanência pelos favores e preferências dos leitores e anunciantes, é prosseguir uma constante aventura, a expressão de uma dose de saudável loucura, sem a qual não vale a pena estar vivo.
Por isso, na comemoração de mais uma efeméride, saudamos no Dr. Ribeiro Cardoso todo o percurso vivencial do Povo de Fafe, nos seus bons e menos bons momentos, sendo que a História não é para ser julgada, mas compreendida.
Saudamos, no Povo de Fafe, o espaço de abertura, de liberdade, de tolerância, de troca de ideias, de pluralismo, que lhe tem sido característica.
A voz que tem sido das realidades, realizações e anseios do concelho, da cidade e das freguesias, da sua cultura e da sua história.
Por isso nos temos sentido bem nesta família e neste ambiente. E assim continuaremos!
Parabéns por mais este aniversário, na pessoa do ilustre timoneiro!

Fotos de Manuel Meira Correia

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