terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Não são os portugueses que estão a destruir Portugal

A célebre pitonisa e consciência moral do regime passista, João César das Neves, escreveu ontem no Diário de Notícias:
“Somos a geração que está a destruir Portugal. Daqui a décadas, aqueles que viverem nos escombros do que foi Portugal olharão para trás e culpar-nos-ão da sua situação”.
É urgente desmistificar esta deliberada ideia feita, absolutamente estúpida e ideologicamente orientada, de que são os portugueses que estão a destruir Portugal. Não são os cidadãos comuns, os homens e as mulheres que se levantam de madrugada para irem trabalhar a quilómetros de distância das suas casas, os reformados a quem cada vez sobra mais mês ao fim da pensão ou a classe média que vive com imensas dificuldades, quem está a destruir o país. Não, terminantemente não!
Quem está a destruir Portugal é o sistema financeiro, nacional e internacional. São os bancos, deste país e do mundo, para os quais os lucros gananciosos e usurários são a única medida da sua actividade. Ninguém é capaz de limitar a cupidez e a avidez desta gente sem escrúpulos!
Quem está a destruir Portugal são os políticos que nos últimos trinta anos, desde a entrada na União Europeia até à actualidade, têm esbanjado recursos financeiros com absoluta e irritante impunidade.
Não foram os portugueses comuns quem decidiu construir inúteis auto-estradas que poucos utilizam, contratar imensas parcerias público privadas, em que os riscos são afectos ao Estado e os benefícios todos para os privados, ou privatizar uma fraude financeira de dimensões colossais como é o BPN, criação dos amigos e correligionários de Cavaco Silva.
Só na cabeça mirabolante do sacristão João César das Neves os portugueses são os culpados. Não são.
Não somos nós quem está a destruir Portugal. São os amigos e os correligionários de João César das Neves.
Uma vez na vida tenham a hombridade e a nobreza de o assumir!

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